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Com o objetivo de conhecer a enorme diversidade de insetos no PARNASO, equipe do Museu Nacional está realizando diversos trabalhos na Unidade de Conservação. Ao longo das trilhas do parque os pesquisadores observam o solo e a vegetação a procura de insetos diurnos e noturnos. Os trabalhos estão sendo coordenados pelo professor Pedro Guilherme Barrios de Souza Dias do Departamento de entomologia. As pesquisas destacam ortópteros como gafanhotos, grilos, esperanças. Após a observação em campo acontece a coleta e os insetos são levados para o laboratório para a triagem onde são classificados por grupos. A equipe realiza muitas fotografias de todas as etapas da pesquisa. Os indivíduos vão compor a coleção do Museu Nacional. Trata-se da primeira vez em que a equipe trabalha no PARNASO com o intuito de identificar e fazer um levantamento preliminar. "O Museu Nacional perdeu grande parte da coleção no incêndio e estamos reconstituindo. Temos muita necessidade de conhecermos a diversidade dos ortópteros da Mata Atlântica do Rio de Janeiro", explicou Pedro. Ele coordena pesquisas também nos Parques Nacionais da Tijuca e do Itatiaia.
Natallia Maria de Freitas Vicente que realiza pós-doutorado no Laboratório de Ortópteros da Universidade Federal de Viçosa acompanha as pesquisas no PARNASO. Também muito interessada na diversidade encontrada na Mata Atlântica. Ultimamente se dedica também ao desastre do rompimento da barragem em Mariana e seus impactos. "Estamos perdendo a biodiversidade com os impactos do Homem. Toda iniciativa para conhecer a biodiversidade é urgente e importante", enfatizou Natallia. Segundo ela, os insetos estão em risco. "O declínio de insetos já está documentado na América do Norte e na Europa. No Brasil precisamos de mais estudos", confirmou Pedro. O professor chamou a atenção para o fato de que antigamente víamos muito mais insetos presos no para-brisa dos carros. Os alunos de graduação em biologia da UNIRIO, Adriano Medeiros de Siqueira e da Universidade Souza Marques, João Marcos Vieira Lima, estão participando da pesquisa no PARNASO. Os dois relataram que desde pequenos admiram a natureza e os insetos e que agora se sentem realizados com esse trabalho. A quantidade e avariedade de insetos na Mata Atlântica são tão grandes que ainda temos muito que aprender e sistematizar e todas as formas de fortalecermos a proteção da biodiversidade são de extrema relevância.
Reportagem de Francisco Pontes de Miranda Ferreira – Apoio à Coordenação de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade
Fotos de autoria e cedidas pela equipe de pesquisa