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O Samambaião (Ptedidium arachoidem) tem uma origem muito antiga, antes mesmo da separação dos continentes. Por este motivo espécies muito semelhantes são encontradas na América do Sul e na Austrália, da época de Gondwana. Grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão promovendo o projeto “Eficiência da remoção mecânica e restauração com espécies arbóreas nativas no controle do Samambaião”. A principal preocupação é a perda da biodiversidade.
O Samambaião possui uma extraordinária capacidade de crescimento. Consegue aproveitar bem os nutrientes subterrâneos e se comunica com folhas distantes. Com o aumento da penetração da luz solar compartilha recursos com grande potencial. Fato que explica muito o seu sucesso na Mata Atlântica. O Samambaião está muito relacionado com o fogo e se espalha em todas as altitudes do parque. A equipe de pesquisa, com auxílio do pessoal do PARNASO, identifica as áreas predominantes, quase sempre diretamente relacionadas com o histórico das queimadas na Unidade de Conservação e entorno. Caso da vertente Norte do PARNASO na estrada que liga Teresópolis a Itaipava (BR 495). Após o corte os pesquisadores introduzem espécies como: aroeira, angico, ingá feijão, ingá banana e trema. São todas pioneiras com crescimento rápido e que toleram condições climáticas extremas. Fato que aumenta o potencial genético e reduz os fragmentos da mata.
O projeto geral abrange além do PARNASO, o Parque Nacional da Serra da Bocaina. A pesquisa tem apoio do CNPq e é coordenada pela professora da UFSCar, Dalva Maria da Silva Matos do Departamento de Hidrobiologia. No PARNASO a pesquisa é coordenada pelo pós-doutorando da USP, Rafael de Oliveira Xavier e a professora do Departamento de Ecologia da USP, Vania Regina Pivello. “O Samambaião não tolera muito sombreamento. Queremos transformar nossa pesquisa em muito útil para o trabalho aplicado de restauração. A ideia é aumentar a conectividade, acelerar a regeneração da Mata Atlântica”, explicou Rafael. “Restaurando-se a flora, vamos provocar a volta da fauna existente no local. Vai haver maior e melhor conectividade”, ressaltou o biólogo Ualas Marques Melo que também faz parte da pesquisa. O caule subterrâneo do Samambaião não é afetado pelo fogo e brotos se formam. Crescem rápido com os recursos do rizoma. Podem atingir um crescimento de até 7 cm por dia. O corte apropriado vai auxiliar a recuperação da floresta. “Trata-se de um método eficiente e barato e dentro das normas do parque, sem uso de herbicidas e contaminação hídrica. De acelerarmos a restauração florestal”, enfatizou Rafael. A equipe agradece muito os voluntários e os brigadistas do PARNASO no trabalho de plantio.
Reportagem de Francisco Pontes de Miranda Ferreira – Apoio à Coordenação de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade Fotos de autoria e cedidas pela equipe de pesquisa