Primeiro encontro da Tartaruga de Mamão com alguns PANs Marinhos

(Itajaí – 06/09/2018) O projeto Tartaruga de Mamão, uma releitura do clássico folclore do Boi de Mamão, foi apresentado no CEPSUL que contribuiu, junto com parceiros, compartilhando informações sobre alguns PANs Marinhos para enriquecer a construção da peça teatral.

Na última sexta-feira de agosto, dia 31, o Projeto de Extensão do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) de Itajaí, intitulado "Tartaruga de Mamão: Interpretação e reinterpretação folclórica/socioambiental em atividades extensionistas", foi ao CEPSUL participar de uma Oficina de Introdução aos Planos de Ação Nacionais para a conservação de espécies. Foram apresentados dados dos PANs Tubarões e Raias, Corais, Lagoas do Sul, Tartarugas Marinhas e Albatrozes e Petréis. A parceria foi idealizada pela bolsista do GEF-Mar, Maya Baggio, que trabalha com os PANs coordenados pelo CEPSUL, e pelo professor do IFSC, Rodrigo Cavaleri, também coordenador do Projeto de Extensão. A promoção deste encontro teve como objetivo disseminar informações sobre os PANs e contribuir no processo de sensibilização e formação dos participantes para a execução da peça de teatro Tartaruga de Mamão, fornecendo elementos dos PANs que "incrementem" a peça.

A Oficina foi realizada no período vespertino e contou com a participação de estudantes e professores dos cursos técnicos em Gestão Pesqueira e Mecânica, que participam do Projeto Tartaruga de Mamão, estudantes do Curso de Especialização em Ciências Marinhas Aplicadas ao Ensino, ambos do IFSC, membros do GAT do PAN Tubarões, Jorge Kotas (coordenador), Rodrigo Barreto (coordenador executivo) e Elder Webber (SINDIPI), e do coordenador do PAN Lagoas do Sul, Walter Steenbock, além de servidores e colaboradores do CEPSUL. Também foi realizada parceria com o Projeto Tamar de Florianópolis (SC), representado por Fábio Penna e Caiame Nascimento, e o Projeto Albatroz de Itajaí (SC), representado por Maíra Marenzi, que apresentaram informações sobre o PAN Tartarugas Marinhas e o PAN Albatrozes e Petréis, respectivamente.

IMG 20180831 tartaruga de mamao2A atividade iniciou com uma apresentação musical sobre a Tartaruga de Mamão. Os estudantes trouxeram e vestiram alguns dos personagens já elaborados: tartaruga verde, tartaruga de pente, tartaruga de couro, tubarão mangona, lula gigante e gaivota. Em seguida, houve uma apresentação geral sobre os PANs e a apresentação específica de cada PAN, focando nas espécies, nas ameaças e nas ações de conservação. Ao final, alunos, professores, técnicos e pesquisadores se misturaram para formar grupos de trabalho sobre cada personagem e criaram mapas mentais a partir das informações disseminadas nas palestras e com a contribuição da diversidade de conhecimentos de cada um presente. Os mapas servirão para dar embasamento para a composição do roteiro da peça teatral, dos personagens, das falas e das músicas.

A oficina contribuiu às múltiplas capacidades dos estudantes do IFSC e participantes do Projeto Tartaruga de Mamão. Aliar pesquisa científica, educação ambiental e atividades lúdicas são importantes para Kaian Matheus de Aguiar, participante do projeto. Segundo ele, "a brincadeira com o aprendizado é fundamental para as mentes jovens". Já, para Rafaela Alanis Bruno, o encontro oportunizou "abrir nossos olhos sobre problemas importantes, por exemplo o do tubarão e contribuiu para impulsionar quem tiver interesse em seguir os estudos nesta área" . As palestras dos PANs "serviram para termos uma ideia de como está a consciência dos seres humanos com o meio ambiente e trouxe algumas alternativas boas para ajudarmos as vidas dos animais que estão em risco de extinção" (Suemelyn da Silva Manzini).

Para o professor Rodrigo Cavaleri, a oficina do projeto Tartaruga-de-Mamão no CEPSUL "teve fundamental importância para a construção e legitimação das bases ecológicas/ambientais abordadas na peça teatral". Ele também ressalta a importância e o resultado positivo dos trabalhos em grupo que são realizados de maneira horizontal, "unindo alunos em diversos níveis de formação, com cientistas e pesquisadores ligados à conservação marinha, trocando experiências e conhecimentos a respeito da cultura popular, da arte e do ativismo ambiental, promovendo a autoestima e a capacidade de comunicação e expressão dos jovens estudantes que atuam no projeto".

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